Dia 13
“Você Está Livre!”
Este é o ano de Deus agir. Lucas 4:19, The Message
Segundo o plano divinamente inspirado, mas distinto, cada um dos escritores dos
Evangelhos se concentra num incidente diferente no início do ministério de
Jesus. Tal incidente estabelece o tom da ênfase que o evangelista desenvolverá
em seu relato.
Assim,
Mateus começa o relato do ministério de Cristo com o Sermão do Monte,
lembrando-nos de Moisés no Monte Sinai. Nesse Evangelho, desenvolvido a partir
de cinco discursos de Jesus que também ecoam os cinco livros do Pentateuco,
Cristo emerge como o grande mestre, o rei que supera Moisés ao afirmar: “Vocês
ouviram o que foi dito [...]. Mas Eu lhes digo [...]” (Mt 5:21-44).
Marcos,
por outro lado, inicia seu relato do ministério de Cristo com a cura do homem
possesso de espírito imundo na sinagoga durante a reunião de sábado (Mc
1:21-28). As ações de Jesus são poderosas e comoventes, deixando os
espectadores maravilhados. Tal descrição de Jesus reaparece ao longo do
Evangelho de Marcos. Jesus aqui é acima de tudo o Homem de ação decisiva que
evoca surpresa e admiração em todos os aspectos.
O início
do Evangelho de João apresenta ainda uma ênfase diferente. Encontramos Jesus
conversando não com uma multidão, como em Mateus, mas pessoalmente, um a um,
com Seus primeiros discípulos, e especialmente com Natanael (Jo 1:35-51). Esse
padrão persiste ao longo de toda a apresentação de João ao construir seu
Evangelho com base nos encontros de Jesus com uma série de indivíduos
totalmente diferentes entre si: Sua mãe, o fariseu Nicodemos, a mulher junto ao
poço, os nobres, o homem junto ao tanque de Betesda e assim por diante.
E quanto
a Lucas? Assim como Marcos, Lucas seleciona um incidente que ocorreu na
sinagoga na manhã de sábado, mas em Nazaré em vez de Cafarnaum. Em vez de um
milagre, Jesus lê as Escrituras e faz comentários que enfurecem o povo em vez
de maravilhá-lo (Lc 4:16-30).
A
passagem escolhida por Jesus é Isaías 61:1, 2, em que o profeta predisse Aquele
que, ungido pelo Espírito de Deus, proclamaria as boas-novas aos pobres,
liberdade aos prisioneiros e restauraria a vista aos cegos. Ele, o Messias,
anunciaria: “Este é o ano de Deus agir.”
O povo de
Nazaré não valorizou Jesus. Eles O conheciam, não achavam que Ele fosse o
Messias! Mas Ele era. E Sua mensagem ainda ecoa pelo mundo: “Este é o ano de
Deus agir. Você está livre!” Hoje, diga a alguém: “Você está livre!”
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