2 de novembro de 2012

#9 - O Rei sem coroa


Dia 9

Rei Sem Coroa

Depois que Jesus nasceu em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do oriente chegaram a Jerusalém e perguntaram: “Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Vimos a Sua estrela no oriente e viemos adorá-Lo.” Mateus 2:1, 2

Ele está sentado na encosta da montanha, uma pequena elevação coberta de grama é o trono desse Rei sem coroa. Multidões se aglomeram ao Seu redor – gente simples, pessoas pobres, pescadores e camponeses. Ele começa a falar – palavras inesperadas, surpreendentes, palavras que apresentam os princípios do reino que Ele veio estabelecer.
As aparências não revelam, mas Ele é rei de fato! Mateus, que descreve a cena e nos transmite Suas palavras, deixa isso muito claro. A primeira linha de seu Evangelho nos diz: “Registro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi” (Mt 1:1), mostrando que Jesus é descendente do monarca mais famoso de Israel, Davi. Apenas o Evangelho de Mateus registra que na ocasião do nascimento de Jesus os reis magos vieram do oriente com a pergunta: “Onde está o recém-nascido Rei dos judeus?” (Mt 2:2). Obviamente, essa pergunta atraiu a atenção de outro rei, Herodes o grande.

O Rei dos judeus não nasceu num palácio, mas numa estrebaria. Ele não foi colocado num berço real, mas numa manjedoura. Ele não foi observado pelos nobres da corte, mas pelos animais. Ironia suprema: nunca um rei entrou neste mundo de forma tão contrária às expectativas.
Ele foi um Rei sem coroa. A única coroa colocada sobre Sua cabeça foi a de espinhos feita pelos soldados romanos tomados de ódio e espírito de deboche. Mesmo assim, Ele usou uma coroa, não feita de ouro e joias preciosas, mas de valor infinitamente maior. Ele foi coroado com o amor, com a graça.
Os que buscavam um rei que usasse uma coroa convencional olharam para o Filho de Davi e enxergaram apenas um humilde camponês. Recusaram-se a levar a sério Suas palavras, Suas maravilhosas palavras de vida; recusaram-se a deixar o coração ser tocado por Sua compaixão e milagres. De forma alguma poderia Ele ser Rei – Ele não se encaixava no padrão.
Aqueles, porém, cujos olhos enxergavam, viram em Jesus alguém inteiramente amável, alguém totalmente cativante. Eles não O chamaram imediatamente de Rei (parecia algo muito distante), mas sabiam que nEle haviam encontrado alguém que desejavam ter por perto, alguém que queriam conhecer.
Jesus, reina em minha vida hoje!


#8 - Jubileu


Dia 08

Jubileu

Consagrem o quinquagésimo ano e proclamem libertação por toda a terra a todos os seus moradores. Este lhes será um ano de jubileu, quando cada um de vocês voltará para a propriedade da sua família e para o seu próprio clã. Levítico 25:10



Terras são bens valiosos. Na sociedade agrícola, a terra proporciona a base para o sustento. Para as pessoas dessa sociedade, perder a terra significa tornar-se nada, ter como única opção a escravidão.
Deus estabeleceu uma provisão cheia de graça para Seu povo, os filhos de Israel, quando fossem para Canaã após passarem séculos no Egito. Eles seriam fazendeiros, ligados à terra; mas não deveriam perdê-la permanentemente pela compra e venda. Inevitavelmente, alguns perderam as terras que receberam. Por motivo de enfermidade, tragédia, morte ou má administração alguns foram obrigados a vender tudo o que possuíam, incluindo a terra. Mas a venda da terra não seria definitiva.
No quinquagésimo ano, todas as dívidas eram canceladas. No quinquagésimo ano, a terra que havia sido vendida voltava aos proprietários originais. No quinquagésimo ano, reinava a liberdade. Era o ano de voltar para a propriedade dos antepassados; para reunir a família.
Isso quer dizer que todas as negociações que envolviam a aquisição de terras possuíam um fator temporário. O mercado imobiliário de Israel era governado por um ciclo de cinquenta anos. Se o jubileu estivesse longe, a terra tinha um valor mais alto; se o ciclo estivesse quase chegando ao fim, o preço caía.
Imagine o significado do jubileu para os membros de uma família que estavam vivendo na pobreza, destituídos de sua terra, trabalhando como escravos. Havia esperança. Os anos de trabalho escravo certamente teriam fim. Chegaria o jubileu e, ao décimo dia do sétimo mês (o Dia da Expiação), soaria o toque da trombeta, proclamando a liberdade.
Os princípios do jubileu – quitar, libertar, retornar, reunir – são a essência do evangelho. O jubileu está repleto de graça. Era uma ideia maravilhosa, uma ideia divina. Infelizmente, não há indicação de que os judeus o tenham colocado em prática. Podemos imaginar a relutância dos abastados proprietários de terras em simplesmente devolver as propriedades aos donos originais sem receber nenhum centavo em troca. Podemos imaginar os poderosos se unindo para privar o pobre. Isso aconteceu no passado e ainda acontece hoje. Mas, na graciosa provisão de Deus, Alguém viria ao mundo para proclamar liberdade, quitação, restituição, reencontro. Esse Alguém foi Jesus, o jubileu encarnado.








1 de novembro de 2012

#7 - O Altar de Pedra de Levítico


Dia 07

O Altar de Pedra de Levítico


De fato, segundo a Lei, quase todas as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não há perdão. Hebreus 9:22

Entusiasmados com o bom propósito de início de ano de fazer o ano bíblico, muitos cristãos veem seus planos despedaçados e queimados sobre o altar de pedra de Levítico. Os detalhes aparentemente infindáveis sobre as ofertas e os sacrifícios, o puro e o impuro e os rituais de purificação cansam o leitor, levando-o ao desânimo. Qual é a razão de todas essas regras sobre sacrifícios? Qual é o motivo de tanto sangue derramado?

Eugene H. Peterson sugere uma resposta: “A primeira coisa que nos impressiona ao lermos Levítico [...] é que o santo Deus está de fato presente conosco e praticamente cada detalhe de nossa vida é afetado pela presença desse santo Deus; nada em nós, em nossos relacionamentos ou ambiente é deixado de fora. A segunda coisa é que Deus oferece um modo (os sacrifícios, as festas e os sábados) pelo qual levamos tudo em nós e a nosso respeito à Sua santa presença, representada pela chama ardente sagrada. É maravilhoso estar em Sua presença! Nós, assim como o antigo Israel, estamos em Sua presença a cada momento (Salmo 139).”
Tanto derramamento de sangue parece repulsivo. No entanto, através desses rituais, que, não nos esqueçamos, foram instituídos por Deus, o Senhor ensinou lições vitais para Seu povo.
Primeira lição: o pecado custa caro. A questão do pecado não é simples, algo que Deus resolve fazendo um sinal com a mão. Somente aqueles cuja sensibilidade moral está entorpecida consideram o pecado algo sem importância. Essa ainda é uma lição para as pessoas da era moderna, para nós. O pecado custa caro. Muitas pessoas hoje, especialmente na mídia, tentam atrair a atenção chocando o público. Elas fazem pouco de Deus, do pecado, do sexo; ridicularizam os tabus. Mas o pecado ainda tem um preço.
Segunda lição: a purificação do pecado requer derramamento de sangue. Não, o sangue de bois e bodes, bezerros e cordeiros não podem purificar a humanidade; o pecado envolve uma qualidade moral que não pode ser removida por meios mecânicos. Todos os sacrifícios de Levítico apontavam para o grande Sacrifício, para Ele, o Sumo Sacerdote e ao mesmo tempo a oferta, que um dia carregaria nossos pecados com Ele para a cruz.
Assim, Levítico ensinou aos israelitas a salvação pela fé. Deus prescreveu o que o pecador deveria fazer a fim de ser perdoado. A pessoa que aceitava o caminho de Deus obedecia. Sim, o altar de pedra de Levítico é a graça.

31 de outubro de 2012

#6 - O Chamado à Santidade


Dia 6

O Chamado à Santidade


Disse ainda o Senhor a Moisés: “Diga o seguinte a toda comunidade de Israel: Sejam santos porque Eu, o Senhor, o Deus de vocês, sou santo.” Levítico 19:1, 2

No século passado, o teólogo alemão Rudolf Otto, ao refletir sobre as várias manifestações da experiência religiosa, escreveu um pequeno livro que se tornou um clássico – em alemão, Das Heilige; traduzido para o português, O Sagrado.
Otto argumentou (corretamente, penso eu) que a ideia mais básica de religião é o senso do sagrado. Ele cunhou uma expressão em que o som de cada palavra que a compõe evoca o impacto do Sagrado sobre nós: mysterium tremendum et fascinans. Misterioso. Tremendo (poderoso). Mas, ao mesmo tempo, fascinante, que nos atrai.
Em todo lugar e em todas as eras, homens e mulheres elevaram o coração em adoração a um ser superior. Geralmente essa adoração é ignorante e, do ponto de vista do cristianismo, infantil e imperfeita. No entanto, Jesus, a Luz do mundo, brilha no coração dos adoradores e eles O buscam, mesmo de forma imperfeita.
Ao longo da Bíblia, Deus declara Sua santidade e chama Seus seguidores a ser santos. Em Levítico, Ele nos diz três vezes que devemos ser santos porque Ele é santo (Lv 11:44, 45; 19:2; 20:7). O Novo Testamento apresenta o mesmo desafio (1Pe 1:16).
Jamais devemos perder o senso da santidade de Deus. É verdade. Deus quer ser nosso amigo, mas Ele nunca pode ser um amigo a quem nos dirigimos como alguém igual a nós. Esse é um erro que às vezes cometem alguns cristãos que gostam de falar muito sobre a graça. Uma das demonstrações mais tristes que testemunhei foi a de um pregador que, apanhado na loucura moderna pelo divertimento, transformou o momento solene no púlpito em um show de comédia. Um ministro que não sabe fazer distinção entre o sagrado e o profano... Que tragédia!
Aquele que é santo nos chama à santidade: “Sejam santos”, Ele diz. Trata-se de um convite e também de um incentivo. O livro de Hebreus nos diz: “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14).
Deus está moldando Seu povo, o povo que Ele salvou pela graça, segundo a Sua imagem. Dia após dia e momento após momento, Ele nos molda segundo a Sua semelhança divina, na pureza de coração e de vida que é a Sua própria essência.
Que Aquele que é santo alcance Seu objetivo em nós hoje.

30 de outubro de 2012

#5 - Aceite o que Deus fez por você


Dia 05


Aceite o que Deus Fez por Você

Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao Seu serviço e agradável a Ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus. Romanos 12:1, NTLH

É muito fácil ficar com a atenção fixa nas árvores e nunca ver a floresta. Os detalhes da vida podem se tornar um fim em si mesmos. Com isso, nosso cristianismo se deteriora em observâncias presas a regras que carecem de liberdade, espontaneidade e alegria.
Lembro-me de uma rápida conversa que tive com uma senhora de 94 anos de idade após o culto. Depois de parabenizá-la por sua aparência bem conservada, levei um sermão a respeito dos malefícios do sorvete. “Faz 63 anos que não chego nem perto dessa sobremesa!”, ela exclamou com ar de vitória.
Posso pensar em várias coisas mais prejudiciais do que o sorvete. Imagino o que o Senhor pensa da religião que se concentra numa lista do que fazer ou não fazer.
Precisamos, porém, considerar o outro lado da história. Embora não devamos nos prender aos detalhes, a vida consiste de detalhes, não apenas da visão geral. É isso que Paulo enfatiza na passagem de hoje – nossa vida cotidiana e comum de dormir, comer, ir ao trabalho e passear. Essa é a nossa vida fora da igreja, fora da fachada religiosa que podemos assumir para impressionar os santos.
Uma definição de religião afirma que ela é o que fazemos quando nos encontramos sozinhos. Isso é verdade – mas apenas parte dela. A religião, pelos menos segundo o modelo de Paulo, é também aquilo que fazemos quando estamos em meio aos outros. O cristianismo envolve a vida toda, todo o nosso ser e tudo o que fazemos para a glória do Senhor da graça.
Nossa maneira de viver ao nos apresentarmos como sacrifício vivo a Deus não é questão de seguir uma lista do que se pode ou não fazer, mas aceitar o que Deus fez por nós. De um ponto de vista, somos os que atuam; mas o verdadeiro agente é Deus. Ele efetua em nós tanto o querer quanto o realizar segundo Sua boa vontade (Fp 2:13).
Hoje, lembremo-nos do que Deus fez por nós. Isso significa que nossos olhos não estarão focalizados em nós mesmos, mas nEle; que aceitaremos com alegria a direção de Seu Espírito; notaremos com júbilo as evidências de Sua providência e prontamente nos submeteremos à Sua soberania.
Senhor Jesus, vive em Mim hoje!

29 de outubro de 2012

#4 - Ligação Local


Dia 4



Ligação Local


Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade, porque Ele tem cuidado de vocês. 1 Pedro 5:7

Um texto que circula na internet narra a história de um homem que viajou pelo mundo na tentativa de encontrar um modo de falar com Deus. Certo dia, ele chegou numa grande igreja e viu um telefone junto à parede com a inscrição: “Linha Direta para Deus.”

– Posso telefonar? – ele perguntou.
– Isso lhe custará quatro mil dólares.
Ele não tinha a menor condição de pagar o preço da ligação. Decidiu visitar outras igrejas, outros países. Encontrou outras igrejas grandes com linhas diretas para falar com Deus. Todas cobravam quatro mil dólares pela ligação.
Por fim, ele chegou à Austrália e viu uma igreja com um telefone de linha direta junto à parede.
– Quanto custa a ligação aqui? – ele perguntou.
– Quarenta centavos.
– Quarenta centavos? Em todo lugar se cobra quatro mil dólares!
– Sim. Mas daqui é ligação local.

Como você pode imaginar, essa história veio da Austrália. É uma boa história, mas é preciso corrigi-la. A ligação para o Céu tem o custo local em qualquer lugar do mundo.
Por meio de Seu sacrifício, Jesus ligou o Céu e a Terra com uma fabulosa rede de comunicação. Essa rede nunca fica sobrecarregada. Ela é totalmente livre de interferência. Você nunca fica na espera. A linha nunca está ocupada. Sua ligação sempre é atendida. E é pessoal.
Que rede de comunicação!
“A oração”, observa Ellen White, “é o abrir do coração a Deus como a um amigo” (Caminho a Cristo, p. 93). Em seguida ela descreve quão convidativa a ligação pode ser. Podemos apresentar ao Senhor todas as nossas preocupações, todas as nossas angústias, todas as nossas ansiedades. Nada é pequeno demais nem grande demais para Deus solucionar. Podemos falar com Ele como se Ele estivesse sentado ao nosso lado, contar-Lhe tudo o que está em nosso coração.
Sim, ter acesso ao Céu é como fazer uma ligação local, a qualquer hora, em qualquer lugar. Pegue o “telefone” agora mesmo e converse com o Amigo que Se preocupa tanto com você. Não haverá custo algum!

#3 - A Sabedoria dos Mokens


Dia 03

A Sabedoria dos Mokens


Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal. Mt 6:34 

Nas ilhas na área costeira da Birmânia e da Tailândia, vive um povo quase intocado pela civilização moderna. Esse povo se chama moken. Os mokens nascem no mar, vivem no mar e morrem no mar. São nômades, constantemente mudando de ilha para ilha, chegando a viver mais de seis meses ao ano em barcos.
Os mokens não sabem quantos anos têm. A visão que possuem do tempo é bem diferente da nossa. A palavra “quando” não existe em sua língua. Eles também não têm a palavra “querer” em seu vocabulário. Eles querem muito pouco; não têm desejo de acumular nada. Quando se é nômade, os bens apenas atrapalham.
A sabedoria antiga não difere tanto do conselho de Jesus a Seus seguidores: “Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir.” Ele disse: “Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa?” (Mt 6:25).
Há mais ainda o que aprender com a sabedoria dos mokens. Eles têm intimidade com o mar. Sabem decifrar seu humor e emoções melhor do que qualquer oceanógrafo. Existe entre eles uma lenda transmitida de geração em geração a respeito da Laboon, a “onda que se alimenta de humanos”. Antes de ela aparecer, o mar retrocede.
Em 26 de dezembro de 2004, os mokens viram o mar retroceder – e sabiam o que estava prestes a acontecer. Eles fugiram para lugares altos antes de a primeira onda chegar. Alguns dos mokens estavam com seus barcos no mar no momento em que a água retrocedeu. Sabiam exatamente o que fazer: navegaram imediatamente para águas mais profundas. Assim como os mokens que estavam em terra firme, eles sobreviveram ao ataque do tsunami.
Todos os que estavam à volta dos mokens perderam a vida. Alguns pescadores de lulas não notaram nada incomum. De repente, o mar se levantou, lançando os barcos pelos ares.
Um pescador moken habilidoso na pesca com arpão, Kalathaly, leu os sinais na natureza e saiu advertindo a todos que encontrava. Mas os jovens o chamaram de mentiroso e disseram que estava bêbado. Ele agarrou a filha pela mão e subiu no lugar mais alto que encontrou.
Ouça a Palavra do Senhor: “Quando disserem: ‘Paz e segurança’, a destruição virá sobre eles de repente” (1Ts 5:3).

#2 - O Triunfo da Luz


Dia 02

O Triunfo da Luz


A Luz da vida brilhou nas trevas, e as trevas não conseguiram apagá-La. João 1:5,

Nunca conseguiram, nunca conseguirão: as trevas não podem apagar a luz. Às vezes, as trevas são tão densas que parece que conseguiremos tocá-las. São impenetráveis, parecem estar totalmente distantes da Luz; mas a Luz vem e dissipa as trevas.
Sou otimista. De vez em quando, encontro ou fico sabendo de pessoas terrivelmente preocupadas com o estado do mundo. Está tudo arruinado, dizem; as coisas nunca foram tão ruins. Elas conseguem enxergar apenas o pior para o futuro. Às vezes lançam seu olhar negativo para a igreja: ela se corrompeu e está piorando; tempos ainda piores virão.
Mas as trevas não podem apagar a Luz. Nunca conseguiram, nunca conseguirão. Ao longo dos séculos, em meio à maldade e à ignorância tão escuras como a meia-noite, Deus sempre teve um povo que O amou e O serviu, um povo que brilha como a luz de velas, dispersando a escuridão.
Assim também foi antes de Jesus iniciar Seu ministério. O povo vivia em trevas, de acordo com a Bíblia (Mt 4:16). Mas entre aqueles que habitavam na sombra da morte surgiu uma luz brilhante. Primeiro, João Batista, que Jesus chamou de “candeia que queimava e irradiava luz” (Jo 5:35). Em seguida, o próprio Jesus. Ele foi, e é a Luz do mundo. Assim, o período de profunda ignorância e escravidão, ao pecado e ao diabo, deu lugar a uma era de luz incomparável.
A mais densa escuridão ainda surge pouco antes do alvorecer. No momento em que parece não mais restar esperança, a ajuda está prestes a aparecer.
No século 19, uma expedição liderada pelos exploradores Robert Burke e William Wills partiu de Melbourne na tentativa de cruzar pela primeira vez a Austrália, de norte a sul. Finalmente, chegaram a Cooper’s Creek, uma região muito remota. O grupo permaneceu ali, enquanto Burke e Wills prosseguiram, com o objetivo de chegar ao mar. Os que foram deixados para trás esperaram por muito tempo, mas os líderes não retornaram. Por fim, concluíram que Burke e Wills tinham morrido. Levantaram acampamento, mas antes enterraram alguns alimentos sob uma árvore em cujo tronco escreveram: “Cave.”
Logo depois que partiram, Burke e Wills apareceram e encontraram os alimentos enterrados. Mas os líderes e o grupo nunca mais se encontraram, e Burke e Wills acabaram perecendo. Tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe!
Nunca se esqueça disto: a Luz ainda brilha e sempre brilhará.

#1 - O Deus do Inesperado

DIA 01


O Deus do Inesperado
Antes de clamarem, Eu responderei. Isaías 65:24

Ao longo dos anos, pouco a pouco, tenho aprendido a esperar em Deus. Saber, não apenas racionalmente (pois essa é a parte mais fácil), mas emocionalmente, que absolutamente nada pega Deus de surpresa. Aquilo que nos pega desprevenidos, deixando-nos perplexos e consternados, não O assusta. Ele é o Deus do inesperado.
Algum tempo atrás, viajei para Seattle, Washington, EUA, para realizar uma série de pregações num acampamento. Hospedei-me num hotel próximo do local e fazia o trajeto de ida e volta ao acampamento em um carro alugado. Alguns amigos de Seattle ficaram sabendo que eu estaria na cidade naquele período e entraram em contato comigo para combinarmos um encontro depois que a série de pregações chegasse ao fim. Após o último sermão no sábado pela manhã, combinamos de fazer um piquenique, ir até o Monte Rainier para uma caminhada e voltar para a cidade para o jantar.
Quando minha secretária fez a reserva de hotel, a atendente não tinha certeza quanto à disponibilidade de vaga para parte do período de minha estadia. Assim, uma semana antes da viagem, liguei para confirmar a reserva. A atendente garantiu que estava tudo certo.
Aquele sábado, o último dia de minha visita à Seattle, foi inesquecível. O culto, o passeio nas montanhas e a companhia dos amigos foram uma bênção. Voltei ao hotel cansado, mas feliz. Havia sido um dia perfeito. Bem, não tão perfeito assim. Abri a porta do meu quarto e fiquei totalmente chocado: a cama estava arrumada, mas todos os meus pertences tinham sumido. Atordoado, corri para a recepção. Em vez de um pedido de desculpas, recebi uma resposta irritada: “O senhor deveria ter saído hoje de manhã! Outro cliente está aguardando para ocupar o quarto!” Minha resposta foi igualmente irritada; mas eles me mostraram que minha reserva havia terminado pela manhã. E meus pertences? Estavam numa caixa de papelão!
No fim, percebi que aquilo tudo se tratava de um erro honesto por parte do hotel e eles, por sua vez, perceberam que eu não estava mentindo.
Eles ligaram para todos os hotéis da região na tentativa de encontrar um lugar para eu passar a noite, mas estavam todos completamente lotados. Assim, comecei a cogitar a ideia de passar a noite no saguão do aeroporto. Então surgiu a proposta: o trailer para uso do hotel que ficava no estacionamento. Não tinha iluminação, mas teria uma cama para dormir. Aceitei na hora. O Deus do inesperado agiu novamente.

21 Dias de Jejum



21 Dias de Jejum


O desejo do nosso coração é nos despojar da carne e assim estarmos totalmente sensíveis ao que o Espírito quer falar e fazer nesses dias no CLAMA. Junte-se a nós!!!


10 MOTIVOS PARA JEJUAR


#1. Jejue quando fortemente tentado – Mateus 4:2
#2. Jejue quando a sabedoria é ansiosamente desejada – Daniel 9:3
#3. Jejue quando a ajuda e a proteção são necessárias - Esdras 8:21-23; 2 Crônicas 20:3; Jeremias 36:9
#4. Jejue quando é desejada a vitória em batalhas espirituais - Mateus 17:21; Marcos 9:29
#5. Jejue quando é desejada a vitória sobre situações que parecem impossíveis - Ester 4:10-17; 9:31; Neemias 1:4
#6. Jejue quando algo é ansiosamente desejado de Deus e a resposta não veio só pela oração - Isaías 1:6-7
#7. Jejue quando lamentando por entes queridos ou pela defesa do povo de Deus – 2 Samuel 1:12
#8. Jejue quando busca autoridade para a proclamação da palavra - Atos 13:2-3; 14:23
#9. Jejue quando envolvido em ministério espiritual – 2 Coríntios 6:5; 11:27
#10. Jejue durante períodos de arrependimento especial, confissão e reavivamento - Joel 1:14; 2:12; 2:15; Neemias 9:1-2